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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Palavra de Deus "A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II" Parte cinco


Palavra de Deus "A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II" Parte cinco

No cotidiano de Jó, vemos sua perfeição, retidão, temor a Deus e evasão do mal
Se quisermos discutir Jó, então devemos começar com a avaliação dele proferida a partir da própria boca de Deus: “Ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal”.
Vamos primeiro aprender sobre a perfeição e a retidão de Jó.

O que vocês entendem das palavras “perfeito” e “reto”? Vocês acreditam que Jó era sem reprovação, que era honrado? Isso, é claro, seria uma interpretação e compreensão literal das palavras “perfeito” e “reto”. Mas o contexto de vida real é integral a uma verdadeira compreensão de Jó — palavras, livros e teoria, por si só, não fornecerão nenhuma resposta. Começaremos olhando para a vida familiar de Jó, como era sua conduta normalmente durante sua vida. Isso nos informará sobre seus princípios e objetivos na vida, bem como sobre sua personalidade e busca. Agora, vamos ler as palavras finais de Jó 1:3: “De modo que este homem era o maior de todos os do Oriente”. O que essas palavras estão dizendo é que o status e a posição de Jó eram muito elevados, e embora não nos seja dito se a razão pela qual ele era o maior de todos os homens do Oriente fosse por causa de seus bens abundantes ou porque ele fosse perfeito e reto e temesse a Deus enquanto evitasse o mal, no geral, sabemos que o status e a posição de Jó eram muito apreciados. Conforme registrado na Bíblia, as primeiras impressões das pessoas sobre Jó eram que Jó era perfeito, que ele temia a Deus e se desviava do mal, e que ele era possuidor de grande riqueza e status venerável. Para uma pessoa normal vivendo em tal ambiente e sob tais condições, a dieta de Jó, a qualidade de vida e os vários aspectos de sua vida pessoal seriam o foco da atenção da maioria das pessoas; assim devemos continuar lendo as Escrituras: “Iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs para comerem e beberem com eles. E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente” (Jó 1:4-5). Essa passagem nos diz duas coisas: a primeira é que os filhos e filhas de Jó festejavam regularmente, com muita comida e bebida; a segunda é que Jó frequentemente oferecia holocaustos porque ele frequentemente se preocupava com seus filhos e filhas, temeroso de que eles estivessem pecando, que, em seu coração, eles tivessem renunciado a Deus. Nisso estão descritas as vidas de dois tipos diferentes de pessoas. Os primeiros, filhos e filhas de Jó, muitas vezes banqueteavam por causa de sua afluência, viviam extravagantemente, bebiam vinho e comiam o quanto quisessem e desfrutavam da alta qualidade de vida proporcionada pela riqueza material. Vivendo tal vida, era inevitável que muitas vezes pecassem e ofendessem a Deus — contudo, eles não se santificaram ou ofereceram holocaustos. Vocês veem, então, que Deus não tinha lugar em seu coração, que eles não pensavam nas graças de Deus, nem temiam ofender a Deus, muito menos temiam renunciar a Deus em seu coração. É claro que nosso foco não está nos filhos de Jó, mas no que Jó fez quando se deparou com essas coisas; esse é o outro assunto descrito na passagem, que envolve a vida diária de Jó e a substância de sua humanidade. Quando a Bíblia descreve o banquete dos filhos e filhas de Jó, não há menção de Jó; diz apenas que seus filhos e filhas costumavam comer e beber juntos. Em outras palavras, ele não deu banquetes, nem se juntou a seus filhos e filhas para comer de forma extravagante. Embora abastado e possuidor de muitos bens e servos, a vida de Jó não era luxuosa. Ele não foi enganado por seu ambiente de vida superlativo e não se empanturrou, por causa de sua riqueza, com os prazeres da carne nem se esqueceu de oferecer holocaustos, muito menos isso fez com que ele gradativamente evitasse Deus em seu coração. Evidentemente, então, Jó era disciplinado em seu estilo de vida, não era ganancioso nem hedonista como resultado das bênçãos de Deus para ele e ele não se fixou na qualidade de vida. Em vez disso, ele era humilde e modesto, não era dado à ostentação, era cauteloso e cuidadoso diante de Deus. Ele frequentemente pensava nas graças e bênçãos de Deus e era continuamente temeroso a Deus. Em sua vida diária, Jó frequentemente se levantava cedo para oferecer holocaustos a seus filhos e filhas. Em outras palavras, não só o próprio Jó temia a Deus, mas também esperava que seus filhos também tivessem temor a Deus e não pecassem contra Deus. A riqueza material de Jó não ocupava lugar em seu coração nem substituía a posição ocupada por Deus; fosse para seu próprio bem ou para o bem de seus filhos, as ações diárias de Jó estavam todas ligadas a temer a Deus e se desviar do mal. Seu temor a Deus Jeová não parou em sua boca, mas foi algo que ele pôs em ação e refletia em cada parte de sua vida diária. Essa conduta real de Jó nos mostra que ele era honesto e possuía uma substância que amava a justiça e coisas que eram positivas. Que Jó frequentemente enviou e santificou seus filhos e filhas significa que ele não sancionou ou aprovou o comportamento de seus filhos; em vez disso, em seu coração, ele estava frustrado com o comportamento deles e os condenou. Ele havia concluído que o comportamento de seus filhos e filhas não era agradável a Deus Jeová, e assim ele frequentemente os chamava para ir diante de Deus Jeová e confessar seus pecados. As ações de Jó nos mostram um outro lado de sua humanidade, uma em que ele nunca andou com aqueles que muitas vezes pecavam e ofendiam a Deus, mas, ao invés disso, se desviava deles e os evitava. Mesmo que essas pessoas fossem seus filhos e filhas, ele não abandonou seus próprios princípios de conduta porque eles eram seus próprios parentes, nem cedeu aos pecados deles por causa de seus próprios sentimentos. Antes, ele os incitou a confessar e ganhar a tolerância de Deus Jeová, e ele os advertiu a não abandonar a Deus por causa de seu próprio prazer ganancioso. Os princípios de como Jó tratava os outros são inseparáveis dos princípios de seu temor a Deus e do afastamento do mal. Ele amava aquilo que era aceito por Deus e abominava aquilo que repelia Deus; ele amava aqueles que temiam a Deus em seu coração e abominava os que cometiam o mal ou pecavam contra Deus. Tal amor e abominação foram demonstrados em sua vida cotidiana, e foi a própria retidão de Jó vista pelos olhos de Deus. Naturalmente, essa é também a expressão e a vivência da verdadeira humanidade de Jó em suas relações com os outros em sua vida diária, sobre as quais devemos aprender.

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