Existem as seguintes passagens na Bíblia: “Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer. Os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos estão fazendo o que não é lícito fazer no sábado” (Mateus 12:1-2). No entanto, o Senhor Jesus disse, “Digo-vos, porém, que aqui está o que é maior do que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do homem até do sábado é o Senhor” (Mateus 12:6-8). Quando li essas palavras, pensei: “O dia sabático era um dia santo criado pelo Deus Jeová para os israelenses. Era um dia em que todos podiam parar de trabalhar para ir ao templo venerar o Deus Jeová. No entanto, quando o Senhor Jesus Cristoveio, ele realizou Sua obra no dia sabático. Por que ele não guiou os seus discípulos para manterem esse dia santo? Quais eram as intenções do Senhor Jesus ao fazer isso?”. Tais pensamentos me deixaram confuso.
Mais tarde em um site gospel, eu li um trecho em que a razão para o Senhor trabalhar no dia sabático foi explicada. Depois de lê-la, percebi, de repente, que, na verdade, foi muito significativa a escolha do Senhor Jesus de trabalhar nesse dia. O trecho dizia: “Quando o Senhor Jesus veio, Ele usou Suas ações práticas para Se comunicar com as pessoas: Deus havia deixado a Era da Lei e começado uma nova obra, e essa nova obra não exigia observar o sábado; quando Deus saiu dos limites do dia de sábado, isso foi apenas um prenúncio da Sua nova obra, e Sua obra verdadeiramente grandiosa continuava a se manifestar. Quando o Senhor Jesus iniciou a Sua obra, Ele já havia deixado para trás os grilhões da Era da Lei e rompido com os regulamentos e princípios daquela era. Nele, não havia vestígio de nada relativo à lei; Ele a havia rejeitado inteiramente e não mais a observava e não mais exigia que a humanidade a observasse. Então aqui você vê que o Senhor Jesus passou pelos campos de trigo no sábado; o Senhor não descansou, mas sim estava fora, operando. Essa Sua ação foi um choque para as concepções das pessoas e comunicou a elas que Ele não mais vivia sob a lei, e que havia deixado as limitações do sábado e aparecido diante da humanidade e em seu meio em uma nova imagem, com uma nova maneira de operar. Essa Sua ação disse às pessoas que Ele havia trazido consigo uma nova obra, que começou com sair da lei e sair do sábado. Quando Deus realizou Sua nova obra, Ele não mais Se apegou ao passado, e não estava mais preocupado com os regulamentos da Era da Lei. Nem foi Ele afetado pela Sua obra na era anterior, mas operou como de costume no sábado e, quando Seus discípulos ficaram com fome, puderam colher espigas para comer. Isso tudo foi muito normal aos olhos de Deus. Deus podia ter um novo início para boa parte do trabalho que Ele quer fazer e para as coisas que Ele quer dizer. Uma vez que Ele tem um novo início, Ele não menciona novamente Sua obra anterior nem dá continuidade a ela. Pois Deus tem os Seus princípios na Sua obra.
Quando Ele quer começar uma nova obra, é quando Ele quer trazer a humanidade para um novo estágio da Sua obra, e quando a Sua obra entrou em uma fase mais elevada. Se as pessoas continuarem a agir de acordo com os ditos ou regulamentos antigos ou continuarem a se apegar a eles, Ele não irá comemorar ou elogiar isso. Isso acontece porque Ele já trouxe uma nova obra e entrou em uma nova fase da Sua obra. Quando Ele inicia uma nova obra, Ele aparece para a humanidade com uma imagem inteiramente nova, de um ângulo completamente novo, e de uma maneira completamente nova, para que as pessoas possam ver diferentes aspectos do Seu caráter e o que Ele tem e é. Esse é um dos Seus objetivos na Sua nova obra. Deus não Se apega ao que é velho nem segue a senda mais usada; quando Ele opera e fala, não é tão proibitivo quanto as pessoas imaginam. Em Deus, tudo é livre e liberado, e não há proibitividade, nem restrições – tudo que Ele traz para a humanidade é liberdade e libertação. Ele é um Deus vivo, um Deus que existe genuína e verdadeiramente. Ele não é uma marionete nem uma escultura de barro e é totalmente diferente dos ídolos que as pessoas consagram e adoram. Ele é vivo e vibrante e o que Suas palavras e a Sua obra trazem para os humanos é inteiramente vida e luz, liberdade e libertação, porque Nele detém a verdade, a vida e o caminho – Ele não é limitado por nada em nenhuma parte da Sua obra. […] Não importa qual novo estágio da Sua obra Ele esteja realizando, ele deve ser desenvolvido e ampliado em meio à humanidade e deve ser realizado sem impedimentos em todo o universo, até que a Sua grande obra tenha se completado. Essa é a onipotência e sabedoria de Deus, Sua autoridade e poder. Assim, o Senhor Jesus podia sair e operar no sábado abertamente, porque em Seu coração não havia regras, e não havia conhecimento nem doutrina originária da humanidade. O que Ele tinha era a nova obra de Deus e o Seu caminho, e a Sua obra era o caminho para libertar a humanidade, para deixá-la livre, para permitir que ela existisse na luz, e permitir que ela vivesse. […] Deus tem princípios nas Suas palavras e obras, mas não há proibições, pois o Próprio Deus é a verdade, o caminho e a vida” (de “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus III”).
Desse trecho entendi que quando o Senhor Jesus veio, ele não prestou atenção ao dia sabático, mas usou as suas ações para dizer às pessoas daquele tempo que Deus tinha partido da Era da Lei para implantar uma nova e melhorada fase da obra. E mais, essa nova obra não requeria se importar com o dia sabático. Arrancar as espigas de milho para comê-las era ultrajante para as pessoas daquela época. Entretanto, com isso, o Senhor Jesus apenas quis dizer às pessoas daquele tempo que Ele não vivia mais sob as antigas leis e que tinha trazido a Sua nova obra, que se distanciava do dia sabático. Desde que o povo seguisse a obra de Deus na nova era, eles poderiam obter a salvação Dele. Com isso, podemos ver que Deus tem Seus princípios inerentes em Sua obra: quando Ele começa uma nova obra, a anterior está concluída. Ele realiza diferentes obras em diferentes eras, traz novos métodos de trabalho e faz novas exigências aos homens, levando-os a ter uma visão e um conhecimento de Deus novos e melhorados. O Senhor Jesus disse: “que aqui está o que é maior do que o templo. […]o Filho do homem até do sábado é o Senhor.” Essas palavras são a prova de que Deus encarnou e tornou-se o Filho do Homem para relizar Sua obra, e que Ele não era mais aquele Deus vago dos céus que as pessoas imaginavam. Portanto, eles não deviam considerar o templo como sendo maior que Deus, mas sim adorar Deus encarnado na terra, que era o Senhor do Sábado. Além disso, a obra feita pelo Senhor Jesus não podia ser entendida pelas pessoas que viviam ainda sob as antigas leis. No entanto, não importa quanto o povo tenha discutido, resistido e se oposto, Ele realizou Sua obra sem a mínima hesitação. Na passagem acima podemos ver que não haviam proibições na obra de Deus. Ela é sempre nova, e nunca velha. Deus realiza Sua obra de acordo com as necessidades da humanidade. Embora Sua obra seja difícil e de ser entendida e aceita pelos homens, Deus não está muito preocupado com isso, pois essa obra pode salvar a humanidade.
Quando o Senhor Jesus veio, Ele começou a espalhar o evangelho do reino dos céus: “Arrependei- vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus: 4:17). Sabemos que Ele não apegou-se às doutrinas das antigas leis, mas libertou o povo dessas leis e os conduziu ao novo caminho do Espírito Santo, apontando uma senda de prática para os homens. Por exemplo, desde que as pessoas confessassem seus pecados e se arrependessem, elas poderiam ter os seus pecados perdoados e não serem mais condenadas pelas leis, desse modo sendo redimidas das leis por Deus. Quando o Senhor Jesus veio realizar Sua obra, embora tenha quebrado completamente as regras do Judaísmo, Ele concedeu à humanidade a graça da redenção. Por causa da nova obra trazida pelo Senhor, as pessoas podiam ser salvas das leis. Entretanto, aqueles sumos sacerdotes, escribas e fariseus que serviram ao Deus Jeová no templo geração após geração, confiaram somente neles mesmos e em seus conhecimentos e doutrinas da Bíblia, para condenar e julgar o Senhor Jesus com a desculpa de que Ele não rezava no templo, mas sim na selva ou no interior, e de que Ele não manteve o dia sabático, mas levou os Seus discípulos a arrancar as espigas de milho e comê-las nesse dia. Embora eles vissem que o Senhor Jesus realizava a obra de Deus, que não poderia ser feita por nenhum ser humano, eles insistiam que, enquanto o Seu nome não fosse Messias, Ele não seria a manifestação de Deus. Além disso, eles gratuitamente O caluniaram e O condenaram, compactuando com o governo romano para crucificar o inocente Senhor Jesus vivo na cruz. Consequentemente, toda a população judaica foi sujeita a uma destruição sem precedentes, que foi o resultado do fato de definirem a obra de Deus com noções e imaginações. Com isso se entende que quanto mais a obra de Deus entra em conflito com as concepções dos homens, mais se deve procurar a verdade. Não importa como Deus trabalha e fala, os homens não devem medir e definir a Sua obra com os seus próprios conhecimentos ou com teorias e concepções.
A sabedoria de Deus ultrapassa os céus, e Sua obra ultrapassa a imaginação humana. O Espírito de Deus transita entre os céus, a terra e todas as coisas, observando tudo. Seu Espírito pode também assumir uma forma humana, que fala e nos salva entre os homens. Cada palavra e estágio de Sua obra contém as Suas mais sinceras intenções e são a salvação para os homens. O que precisamos fazer é procurar, investigar e compreender, e não interpretar erroneamente ou até mesmo condenar!
Ler mais:Deus Todo-Poderoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário