Antes de ter a nossa própria família, cada um de nós sonhava em ter uma família onde marido e mulher se adoravam e se respeitavam mutualmente. Sonhar é lindo, mas a realidade é bem diferente. Nós éramos apenas mais um exemplo disso. Meu casamento não era tão feliz quanto eu queria que fosse. Meu marido e eu frequentemente discutíamos por causa de trivialidades dentro de casa ou por causa dos nossos jeitos diferentes de levar a vida. Nosso amor estava sendo afetado por razões triviais e pela vida. Assim como diz a música “É fácil se apaixonar, o difícil é lidar um com o outro”.
Antes de nos casarmos, eu estava confiante de que eu e o meu marido nos daríamos bem durante o casamento, por que nós nos adorávamos e nos compreendemos. Todavia, depois que nos casamos vários problemas começaram a surgir. Nós discutíamos sempre quando tínhamos diferentes opiniões em como lidar com as coisas. Por exemplo, às vezes quando eu estava limpando a casa, meu marido frequentemente achava algum defeito e dizia que eu não deveria fazer daquele jeito ou daquele outro jeito. No início, mesmo que me sentindo inquieta por dentro, exteriormente eu me mantinha em silêncio. Mas gradualmente, após muitas reclamações dele, comecei a retrucar: “Bom, se estou errada então qual é o jeito certo? Se você acha que não estou fazendo certo, então faça você mesmo!”. Essas palavras realmente acabavam com as suas reclamações, mas eram seguidas de um silêncio incômodo. Eu sabia que ele amuava, mas eu não conseguia deixar de lado o meu orgulho para conversar com ele. Como resultado, as discuções abriram lugar à guerra fria. Às vezes eu me irritava com ele também. Por exemplo, eu estava sempre insatisfeita com o modo como ele se vestia, e ficava ressentida que ele não se importava com higiêne pessoal e que não falava bem na frente dos outros. Tendo a cabeça já cheia das minhas reclamações, ele dizia: “Você é exageradamente limpinha e organizada; é seletiva demais.”. Enfim, tínhamos alguns atritos de vez enquando.
Eu estava confusa em relação a minha vida de casada, então comecei a pedir a parentes e a amigos que eram casados a muitos anos por conselhos em como lidar com conflitos familiares. Alguns me aconselharam a ser tolerante, pois “Comprometer-se fará com que um conflito seja mais fácil de resolver”. Outros me disseram para lutar pelo que eu acreditava, pois todo mundo discrimina o fraco e teme o forte. Eu tentei seguir esses conselhos, mas não obtive benefícios. Quando eu tentava me segurar e não discutir com ele, me sentia depressiva e com raiva, como se houvesse perdido a discussão; quando eu discutia com ele, ele gritava comigo. E assim nosso relacionamento começou a ficar cada vez mais tenso. Depois de várias tentativas, eu compreendi que nenhum conselho humano poderia realmente me ajudar a resolver meus conflitos familiares. Eu não podia deixar de pensar: Por que não nos damos bem? Quem poderia me ajudar a resolver meus problemas?